Brasil, o país do futebol. Pode não ter dado a vida para o
esporte mais popular do mundo, mas foi quem o criou desde pequeno e deu todos
os cuidados necessários para que crescesse saudável. E a Inglaterra? Foi um
provedor, que apareceu anos mais tarde alegando ser o pai biológico do futebol,
balela! Falácia!
Nossa cultura é conhecida internacionalmente como o país do
futebol e do samba. Os gringos acham que em nossa terra, no fim das contas,
tudo termina em uma grande festa com
futebol, samba e uma caipirinha estalando os dentes de tão gelada, feita sob
medida para nosso país tropical.
O governo brasileiro divulgou o número final do investimento
para a Copa do Mundo: 25,6 bilhões de reais. Quem não se lembra da explosão de
manifestações que assolaram o Brasil em 2013? Uma das principais reinvindicações
foi o gasto exorbitante para a realização do que seria dito “a melhor copa de
todos os tempos”, “sem a utilização de verba pública”. Imagine esses 25,6 bilhões sendo investidos em
setores públicos que carecem no Brasil há muito tempo. Educação, saúde,
segurança... merda, do que estou falando, o Brasil é o país do futebol! Nós
vamos levar o caneco.
Vou ser sincero: o brasileiro não gosta do futebol em si.
Mas sim de ser o único país pentacampeão do mundo. De ostentar a faixa no peito de campeões
dos campeões, de ser o bambambam da parada. Mas não é um defeito apenas de
nossa terra, é uma condição humana. Ser o melhor em algo te diferencia da
massa, te faz melhor que os outros. Não somos o país da educação, ou o país de melhor IDH. Mas
somos o país do futebol, e nosso trunfo será recuperar a ponta do ranking das melhores
seleções, ganhando a Copa do Mundo.
E se perdemos e repetirmos o Maracanaço de 1950?
Aí não seremos
campeões de nada. Perder em casa é como você convidar seu amigo de outro país
para passar um tempo em sua casa e ele no fim, foge com sua esposa. Aí
choraremos no escuro escutando uma música melancólica e triste de outra nação,
porque o samba, nosso amigo gringo também levou para comemorar sua vitória.
Droga! Porque esse pensamento está em minha cabeça. Não perderemos, somos o
país do futebol e ponto final.
Mas se perdermos?
Porra! Para com esse pensamento limitado. Se perdermos
poderemos acordar e voltar para as ruas reivindicar coisas que realmente
importam. Poderemos queimar os estádios!
Mas ganharemos, porque esse é o país do futebol, e isso é
realmente o que importa.
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